2 de maio de 2024 12:10

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Estudo indica a redução de danos como fator importante no combate ao tabagismo

por Ana Luiza Pego do R7
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O Brasil pode evitar 1.364.000 mortes precoces ligadas ao tabagismo em quatro décadas. A descoberta é da pesquisa “Lives Saved”, lançada no evento “Quit Like Sweden” em Brasília.

O evento apresentou estratégias utilizadas pela Suécia para reduzir a população fumante a 5,6% – em detrimento ao patamar de 23% de fumantes na Europa.

Segundo o estudo apresentado, o diagnóstico e o tratamento precoces do câncer de pulmão são fatores que ajudam a diminuir os óbitos. Além disso, a pesquisa destacou ainda importância da adoção de estratégias de redução de danos. Ou seja, medidas que minimizam o impacto de uma substância, sem necessariamente interromper o uso.

“A questão das dependências, ela traz uma complexidade porque ela acaba também colocando na vida das pessoas um tipo de comportamento.”, diz a psicóloga Mônica Gorgulho, especialista em redução de danos.

Não é só a necessidade que aquele organismo tem do uso daquela química, mas existe a questão do comportamento, da hora da socialização em que aquela é substância psicoativa é usada.”

“Quando a gente encontra uma outra forma de acalmar a necessidade física, química que aquele organismo está apresentando diante daquela substância, seja de uma forma menos danosa ou uma forma que facilite aquela pessoa a poder abandonar o uso daquela substância, a gente não pode deixar de lado”, completa a especialista.

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Uma das estratégias de redução de danos adotadas pela Suécia, tema do evento “Quit Like Sweden”, foi a introdução de dispositivos eletrônicos, como vapes, às pessoas que desejavam parar de fumar cigarros convencionais.

Recentemente, a União Europeia reconheceu os dispositivos como uma alterativa possível de diminuir os efeitos do tabaco.

“A decisão agora é que neste relatório eles abriram a possibilidade da redução de danos, isso significa que você tem outras alternativas que são melhores do que fumar. Isso é uma novidade boa porque antes eles diziam ‘não precisamos de outras alternativas, todo mundo que fuma precisa parar de fumar’”, diz Johan Nissinen, membro do Parlamento Europeu pela Suécia.

“E acho que [a Europa] está indo na direção certa porque a UE tem uma meta de ser livre de fumo até 2040”, conclui.

No Brasil, a ANVISA atualmente estuda se altera a norma que proibe os dispositivos eletrônicos para fumar no Brasil. Está marcada para amanhã, sexta-feira (19), uma reunião colegiada que discutirá o assunto. A reunião poderá ser acompanhada ao vivo pelas redes sociais da agência reguladora.

No começo do ano, a ANVISA promoveu uma consulta pública sobre a regulação dos dispositivos eletrônicos. De acordo com os resultados divulgados pela agência, 59% dos participantes da consulta disseram pensar diferente da atual proibição.

O Ministério da Saúde disse, em nota, que manifesta apoio à atual proibição da ANVISA. O órgão ainda disse estar “comprometido em adotar medidas que promovam um ambiente mais saudável e seguro para todos”.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Estudo indica a redução de danos como fator importante no combate ao tabagismo no site CNN Brasil.

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