Por Redação O Sul | 8 de julho de 2023
O montante é 57% superior ao programado inicialmente para a temporada anterior, de R$ 7 bilhões. (Foto: Divulgação/Tiago Pereira)
O Banrisul irá disponibilizar R$ 11 bilhões em crédito rural no Plano Safra 2023/24. O montante é 57% superior ao programado inicialmente para a temporada anterior, de R$ 7 bilhões, com incremento de R$ 4 bilhões na oferta de recursos para os financiamentos.
Para pequenos e médios produtores, a ampliação dos valores será de 66% em relação à safra 2022/23. As duas categorias representaram mais de 84% da carteira de clientes do crédito rural do Banrisul na temporada passada. A quantidade de operações realizadas para esses públicos cresceu mais de 70% na comparação com o ciclo 2021/22.
Neste Plano Safra 2023/24, serão disponibilizados R$ 2 bilhões para a agricultura familiar (+33%) e R$ 3,8 bilhões para os médios, alta de 90% na oferta. Já as linhas para os grandes produtores terão R$ 5,2 bilhões, montante 49% superior ao da safra 2022/23.
Da oferta total de R$ 11 bilhões, R$ 9 bilhões serão destinados para as linhas de custeio, comercialização e industrialização, montante 48% superior ao da safra passada. Serão outros R$ 2 bilhões para investimentos, incremento de 122% na comparação ao disponibilizado inicialmente na temporada anterior.
A expectativa do Banrisul é atender mais de 50 mil produtores neste ciclo. “Estamos, hoje, anunciando o maior Plano Safra da história do nosso Banrisul, reforçando o foco estratégico do Banco para o setor e consolidando sua posição como fomentador do agronegócio e do desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul”, afirmou Cláudio Coutinho, presidente do banco.
Crescimento
Durante o evento de lançamento, Coutinho destacou o crescimento da participação do banco no apoio ao agronegócio. Nos últimos três anos, o Banrisul ofertou volumes acima de R$ 5 bilhões em crédito. Desde 2019, o setor dobrou a participação na carteira de crédito da instituição, passando de 10% para 20%. O valor da carteira de agro evoluiu mais de 50% no período e já é a segunda maior do banco. No primeiro trimestre deste ano, a carteira estava em R$ 8,5 bilhões.
“Hoje temos equalização própria e somos repassadores do BNDES, que não éramos, além de buscar recursos em bancos que não têm capilaridade e repassam recursos para nós”, afirmou Coutinho. O valor disponibilizado neste Plano Safra 2023/24 é 18% maior do que a performance do banco na temporada anterior, quando desembolsou o valor inédito de R$ 9,3 bilhões, acima da expectativa inicial de R$ 7 bilhões. O resultado do ciclo 2022/23 representou evolução de mais de 300% em relação à safra 2019/20.
As linhas de investimentos manterão o foco nas práticas sustentáveis, afirmou o diretor de Crédito, Osvaldo Lobo Pires. O objetivo é estimular a agricultura de baixo carbono, o uso de energia renovável e de biodigestores nas propriedades rurais. Outro ponto prioritário é a irrigação, já que o Estado tem enfrentado dificuldades com estiagens recorrentes.
O principal programa do banco é o AgroInvest Sustentabilidade. Segundo Pires, na safra 2022/23, o montante de crédito voltado à sustentabilidade no campo cresceu 130%.
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