Dois pré-candidatos à Prefeitura de Colíder (632 km de Cuiabá) sofreram derrotas judiciais e correm o risco de não consolidarem vaga no pleito de 2024. Com o impedimento do ex-prefeito Jaime Marques e a desaprovação das contas de campanha de Ana Flávia Rodrigues Ramiro, o atual prefeito da cidade, Hemerson Máximo, o Maninho (UB), pode concorrer sem adversários.
Jaime Marques foi condenado no âmbito da Primeira Vara de Colíder por improbidade administrativa. Além de ressarcimento na ordem de R$ 2,1 milhões, determinação judicial também o tornou inelegível.
Jaime foi condenado por dar o próprio nome a um bairro e obras públicas e por construir monumentos à frente de outras benfeitorias com a declaração “Adm. Jaime Marques”.
Ele também é condenado num processo transitado em julgado pela contratação de serviços publicitários de empresa “laranja”. Com o processo encerrado, Jaime passou a se enquadrar na Lei da Ficha Limpa que o impede, pela condenação por improbidade, de exercer seus direitos políticos. Prazo encerra-se somente em 2026, o que deixa Jaime, a princípio, fora da disputa à prefeitura neste ano.
Já Ana Flávia Rodrigues Ramiro deixou de prestar informações sobre as receitas e despesas de sua campanha em 2022. Ela concorria a uma vaga de deputada federal, mas não se elegeu.
De acordo com decisão colegiada do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), Ana Flávia deixou de justificar R$ 324,8 mil em despesas e R$ 2,4 mil em receitas. Somados, os valores representam 52,4% do total arrecadado pela então candidata.
Ana Flávia que tentava uma articulação para entrar na disputa à prefeitura chegou a apresentar informações complementares no decorrer do processo, mas os magistrados entenderam que os esclarecimentos só poderiam servir para reduzir a obrigação de ressarcimento ao erário.
Nesse sentido, a Corte Eleitoral firmou entendimento pela reprovação das contas de campanha de Ana Flávia em 2022. Com a condenação, a pré-candidata também pode sofrer com impedimento de disputar as eleições 2024
fonte: site HNT